segunda-feira, 30 de julho de 2012

Suplício










Teu silêncio dilacera

Só tenho de retorno o eco do que te recito
Vazio, escuro, sombrio... Assim é meu quarto agora.
Viver sem ar, como ei de sobreviver?

Olhar profundo, vago, impreciso.

As horas castigam-me, lembranças do passado instigam.
O que faço com tudo isso?
Tua indiferença me açoita.
Lascas de sonhos são extirpadas a cada cipoada de realidade.

Sinto escorrer o sangue que por esse amor jorrou.

Tu não me amas bem sei,
Bem sei de minha dor.
Sinto-me incapaz de mensurar o tamanho de minha agonia.
Clemência pede meu coração,
Desfigurado de tanta dor, aflição, pancadas do dia a dia.

Aos céus rogo por ajuda

Vejo-me de joelhos e sem salvação
Liberta-me, quebra essas correntes que aprisionam meu coração.
Ajuda-me a rasgar o véu dessa ilusão
Ajuda-me a libertar-me dessa prisão.

O suplício é tamanho que vejo na forca o caminho da luz

A morte dantes inimiga, agora me seduz.
Quem sabe a ceifa da navalha à paz me conduz.

A vida hoje pesa_ viver sem teu amor é a cruz que devo carregar.

Como sobreviver sem amar-te, sem teu colo meu lugar?
Tudo o que sou é saudade,
Sou um girassol sem sol, sem claridade.
Gélida escuridão, solidão, essa é minha realidade.

Joana Bravim

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