sábado, 28 de julho de 2012

DENSA MISTURA



Sou um reflexo talhado de tudo o que absorvo
Por vezes sinto o peso que é o tormento de vidas inseridas em mim
A miséria do ser que tenho a viver lá fora
Por questão de sobrevivência no mundo

Uma síntese de não eu’s projetados em um eu que consigo suportar
Em mim mesma sinto-me diferente
Por vezes torno-me um mister de expectativas alheias a mim
Meus dias são uma constante travessia

Tento passar indiferente a essa densa mistura de quem estou com que alma eu tenho
Sustentar o disfarce do que o outro quer com o que se quer ou o que se acha que é
Um malmequer em busca do meu bem querer

Vida resultada de momentos pensados
Porém, reconheço a persuasão avassaladora da minha impulsividade e sua influência lapidando o que me torno.
Conquistarei um dia o sossego que é a perfeição de ser?

Joana Bravim

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