Sou um reflexo talhado de tudo o que absorvo
Por vezes sinto o peso que é o tormento de vidas inseridas
em mim
A miséria do ser que tenho a viver lá fora
Por questão de sobrevivência no mundo
Uma síntese de não eu’s projetados em um eu que consigo
suportar
Em mim mesma sinto-me diferente
Por vezes torno-me um mister de expectativas alheias a
mim
Meus dias são uma constante travessia
Tento passar indiferente a essa densa mistura de quem estou
com que alma eu tenho
Sustentar o disfarce do que o outro quer com o que se
quer ou o que se acha que é
Um malmequer em busca do meu bem querer
Vida resultada de momentos pensados
Porém, reconheço a persuasão avassaladora da minha impulsividade
e sua influência lapidando o que me torno.
Conquistarei um dia o sossego que é a perfeição de ser?
Joana
Bravim
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