quarta-feira, 25 de julho de 2012

Uma Lágrima





De volta ao casulo
Tanto tempo escondida que não dou conta de sobreviver lá fora.
O medo de mais uma decepção me inutilizou.
Decepcionante viver assim.

Vejo toda a minha vida passar sem graça e toda minha existência se resume em uma lágrima eu sei, eu nunca estive aqui.
Eu sigo sempre só. Sempre só.
E não sei o que é melhor pra mim.
Seguindo sempre só, sempre só. 
Minha mente está presa em um replay de coisas q não fiz.

Crio pretextos pra tudo o que restou.
Por onde eu começo se o que eu procuro pode estar em qualquer lugar do mundo?
Onde eu começo? Nem sei ao certo o que busco.

Tem dias que a solidão lateja em mim como uma ferida inflamada para a qual não existe anestésico.
Saudade das ilusões que eu tinha. Da vida feliz que aspirei um dia.
Difícil sonhar com tudo em volta desabando,
Com tudo por dentro definhando.

De um punhado de quase amores só restou o desejo de não mais recordá-los.
Solidão metamorfoseada em segurança
Por medo da dor na dor me transformei.

Joana Bravim

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