Sinto o peso das correntes da incerteza que arrasto
Faço-me escrava de uma esperança inexistente
Apego-me ao nada que você deixa
Revivendo momentos que o “nunca” não repetirá
A realidade do teu desamor por mim me deixa em carne viva
Dor intensa que vem em ondas de arrepios e pensamentos torturantes sobre você e outro alguém
Essas hipóteses me dilaceram
Vejo-me sangrar e não vejo remédio que estanque
O peito continua a soluçar enquanto a face tentar exprimir um sorriso, mesmo que amarelo.
Os dias seguem... Tudo segue.
Eu prossigo, mas por dentro me vejo de joelhos, enraizada ao passado.
Corpo no presente seguindo rumo a algum futuro,
E coração em um passado abandonado por você.
Meu interior hoje habita em uma casa abandonada e vazia,
Enquanto meu corpo segue em uma estrada rumo a algum lugar...
Joana Bravim