segunda-feira, 30 de julho de 2012

O Preço



Qual o preço de uma dor?
Tudo se desfaz como areia que sai das mãos e é levada pelo vento
Mil pedaços, talvez mais...
Escombros não sustentam muita coisa,
Mas não se pode negar que esconde muito...
Destroços de sonhos idealizados e suados.

A olho nu parece tudo tão perdido...
Será que não existe vida abaixo disso?
Uma mísera esperança?
Um gemido muda tudo nessas horas.
E por que não agora? Por que não aqui?
Existe vida em um gemido!
E se há vida, então há esperança.

Não era pra ser assim. Por que tornei tudo diferente?
Qual o preço de uma dor?
O que eu fiz que custou a mim senti-la?
Tantas perguntas e nenhuma resposta.

Sempre me vejo em encruzilhadas, caminhos sem saída.
Por que estou sempre entre a cruz e a espada?
Por que até quem me salva tem seu preço?
Por que nunca tenho escolha quanto a decidir pagar ou não?
São taxas sempre tão impostas.
Será que não tenho realmente outra opção, ou caminho? Ou sou eu que me nego a ver?
No fim das contas acho que quem acaba impondo o preço de tudo sou eu.

Joana Bravim

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