sábado, 25 de agosto de 2012

Palavras Perdidas



Amanheci
Puro torpor
Submergi no mar bravio e profundo de ser
Resisti à veracidade de tudo o que ficou dito cá por dentro
Sem exaspero, constato nos confins longínquos do limiar do pensamento,
Palavras perdidas nos meandros de mim.
Perdi-me no subterfúgio do silêncio.

O ciclo foi interrompido.
Não há direito à queixas...
Passo dado propositadamente em falso.
Sem desvanecer, constato a fuga desenfreada do que não queria ser.
Das sombras do que outrora fui
Só restam pedaços de mim, transfigurado em um semblante disperso.

 Joanna Bravim

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