Deixaste meu coração ao relento
E ao meu lado só restou a
companhia do silêncio
Tento suportar o mundo com
serenidade
Dias ruins se sucedem
O sereno da madrugada dói no
âmago do meu ser
Caminho pelos becos escuros da
minha mente
Tentando entender o que é perder
No decorrer da caminhada começo
um árduo trabalho de depuração das lembranças
Perco-me em labirintos internos,
são tantas andanças...
Ah luz dos meus olhos, esse amor
é tão lindo e tão doído que me impede de viver.
Com o passar do tempo meus dias
vão escurecendo
Faltam-me forças pra fazer amanhecer.
Mas como poderia eu culpaste doce
flor do meu querer?
Se embebido das sensações que o
teu ser me provocou
Tudo em mim resultou na mais pura
e inocente insensatez dos meus atos.
Seria o amor insensato?
Mas também seria injusto
punir-me. Tornei-me refém desse querer.
E desses dias inglórios que
atravesso,
Só me resta tentar me reerguer
Refazer-me da dor que é seguir
sem acompanhar você.
Joanna Bravim
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