quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Minha Senhora





Relato nestas sofridas linhas a amargura que é tentar prosseguir sem tua companhia
Ó minha senhora, não te perturbes com meu inconformado amor.
Este insiste em demonstrar-te o querer que ainda empreguina as paredes do meu ser
Mesmo que palavras não existissem meu corpo fala por si só
Tudo em mim se liberta, brilha, sossega se estamos a sós.
Peço perdão pelo que te faço perceber quando diriges um simples olhar a minha singela existência
Meu amor por ti transborda pelos póros.
Fazes de mim um lago de águas cristalinas. Tudo em mim é transparência.
Tudo é movimento. Pura vida.
Devoto a ti minha senhora o que tenho de mais sagrado_ o sopro que emana da alma a ti oferecida.
És chama que aquece meu interior e ilumina tudo.
Aurora boreal a transcender as paredes do meu ser, do meu mundo.
E tudo em mim vibra, pois, te fazes presente agora.
És a suavidade dos lírios, delicadeza das rosas.
Fica aqui. Germina em meu ser a paz de um jardim florido.
Cultivas esse jardim comigo.
Teu riso é o refúgio que meu desalento encontra para repousar.
És rio que flui
Sol a aquecer.
És lua a iluminar.
Como não me sensibilizar com teus traços?
Como dominar tamanho querer dentro dos teus abraços?
Minhas andanças tornam-se tropeços nas vielas sorrateiras que busco.
 Tento encontrar caminhos que me levem a esquecer-te
Me autoflagelo tentando não querer-te
Mas este amor é imune as minhas tentativas desesperadas
Faz das dores meras farpas
Tu és como vento a inflar as velas do barco que carrega minha esperança
Sendo assim, torna-se inútil qualquer andança.
É no mar onde este pobre coração teima em ficar
No mar que é o amar
Quer conquistar a imensidão de vida que é estar ao lado teu em cada amanhecer para ver-te despertar.
                         
Joanna Bravim

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