quarta-feira, 30 de março de 2011

Despejar-me


Saudade das ilusões que eu tinha...
Da paz que, achava eu, me pertencer.
Nostalgia que me apetece,
Rancor que me suga e consome...
Quero me retirar daqui.
Despejar-me de mim,
E desse aglomerado de lembranças que não se realizaram.
Preciso encontrar algum feixe de luz que me mostre o caminho de um bom lugar.
Descobrir o que fazer com esse “apanhado” de coisas que achava que eu era
Emaranhado ao que eu almejava ser.
Não sei como me livrar dessa solidão que corre em minhas veias...
Não sei como me livrar dessa esperança que circunda minha existência,
Essa espera que nunca alcança o que sempre se lança a buscar...sabe-se lá o que...
Talvez um amor, ou menos dor ao amar.

Joana Bravim






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